Alimentação de bebês em viagens – manual de sucesso

Alimentação de bebês em viagens é um tema que assusta muitas famílias. Tenho conhecidos que até deixaram de viajar por conta dessa dificuldade.

Será que é tão complicado assim cuidar da alimentação de bebês em viagens? Eu diria que, com um bom planejamento e alinhamento de expectativas tudo fica fácil.

Aqui em casa passamos por 4 tentativas com o Edu que foram ok mas não perfeitas. Até que encontrei a fórmula de sucesso em nossa quinta tentativa e hoje todas as viagens são feitas usando essa opção de alimentação pro Edu.

Essa alternativa (número 5 aqui no artigo) pode ou não ser a melhor pra você e sua família. Por isso vou compartilhar minha trajetória completa, as experiências e aprendizados com as 5 opções de alimentação de bebês em viagens.

Leite materno e fórmula:

Antes mesmo de falar das comidas sólidas quero falar um pouquinho sobre o leite materno e fórmula em viagens. Até os dois anos de idade a amamentação e o leite estão muito presentes na vida do bebê. Em viagens não será diferente.

Na realidade, seu bebê pode precisar mais do que o normal do peito ou da mamadeira em viagens. Como esse “ato” de mamar representa aconchego e segurança, o bebê tende a recorrer a ele com maior frequência diante de um destino desconhecido e cheio de novidades.

Pode ser que ele/a mame mais leite nos horários que já está habituado ou que peça o tete mais vezes. Por isso ficam as dicas abaixo:

  • Leve leite em pó para o tempo da viagem e uma lata a mais por precaução
  • Se você ainda amamenta, recomendo levar a bomba extratora para ajudar

Em viagens com voos nacionais ou internacionais, o leite em pó pode ser levado na mala de mão junto com a água em quantidades para o tempo de voo (não precisa estar misturado). Também pode ser levado na mala de despachar desde que em embalagem industrializada.

Mala de viagem para bebês – completa e compacta

O Ministério da Saúde adverte: Após os seis meses de idade continue amamentando seu filho e ofereça novos alimentos.”

Fases da introdução alimentar:

A introdução alimentar começa por volta dos 6 meses e vai até mais ou menos os dois anos de idade. Geralmente, na fase inicial o bebê só pode comer papinhas, sejam elas amassadas ou processadas (essa fase costuma ser entre 6 e 10 meses).

Depois dos 11 ou 12 meses chega a fase dos alimentos mais consistentes e cortados em pedaços menores. Em ambos momentos, o consumo de sal deve ser bem reduzido e a seleção de alimentos variada entre carnes, frangos, legumes, grãos e verduras.

Por aqui, Edu não conseguia deglutir os alimentos com 6 meses, mesmo bem amassadinho com garfo. Então tivemos de oferecer papinhas processadas até os 8 meses. Com cerca de 10 meses ele já “pinçava” os alimentos com as mãos. Com 12 meses passou a comer comida sólida em pedaços menores.

Essas informações são embasadas em minha experiência de mamãe. Ter orientação médica de seu pediatra e nutricionista é imprescindível para o desenvolvimento de seu bebê.

alimentação de bebês em viagens
Edu comendo melancia (a fruta favorita dele) no café da manhã em Águas de São Pedro com 1 ano e 4 meses – foto Lu

Águas de São Pedro no interior de SP – dicas completas

Alimentação em de bebês em viagens:

Em viagens, o mais importante em todas as fases é, garantir que o bebê possa receber os alimentos que precisa da maneira que vem recebendo em casa. Respeitando as texturas e horários das refeições.

Dessa maneira ele/a não irá se deparar com algo novo durante uma viagem, que por sua vez, já é novidade.

Também recomendo não planejar uma viagem durante as primeiras semanas de introdução alimentar para respeitar o ritmo do bebê.

Seus aliados em viagens para oferecer as refeições SEMPRE serão: carrinho, cadeirões de restaurantes ou o colo do papai. As frutas do café de manhã de hotéis também terão um valor inestimável 🙂

alimentação de bebês em viagens
Edu comendo melancia no Animal Kingdom da Disney – carrinho foi chave para o sucesso dessa viagem – Foto Lu

E como gerenciar isso tudo tendo em vista que nem todos os destinos terão papinhas e comidas em pedaços menores com sal reduzido, alimentos selecionados etc.?

Sem contar que bebês geralmente almoçam e jantam bem cedo, em horários que dificilmente os restaurantes estarão abertos. E em destinos internacionais então? Que muitas vezes não há alimentos como os que oferecemos aos pequenos aqui no Brasil?

Pois bem, aqui vai minha lista de 5 alternativas para lidar com a alimentação do bebê em viagens. A número 5 é a minha fórmula de sucesso em viagens e até mesmo aos finais de semana mais corridos aqui em casa. Vocês entenderão…

1. Levar comida caseira:

Levar comida caseira feita por você mesma é uma opção saudável porém trabalhosa demais. Você precisa de tempo para preparar tudo. É importante variar no cardápio, grandes são as chances de seu bebê não aceitar a mesma comida depois de dois ou três dias seguidos.

Segundo ponto de stress aqui é que você precisará embalar e refrigerar os alimentos corretamente até o destino final. Em voos ou percursos de carro mais longos, você precisará colocar os alimentos no gelo seco.

A grande vantagem é poder oferecer uma comida que você controlou tudo; porções, sal, gordura e ingredientes. Fiz isso quando fui a Foz do Iguaçu e deu certo, Edu comeu bem todos os dias. Faria novamente? NÃO! Muito trabalhoso sendo que há alternativas.

Foz do Iguaçu com crianças e bebês – vale a pena?

2. Cozinhar no destino:

Você pode reservar um dia ou alguns momentos em sua viagem para ir ao supermercado e cozinhar os alimentos lá. Para isso você precisará de hotéis ou apartamentos com mini cozinhas equipadas.

Muitos hotéis Baby Friendly oferecem quartos assim ou com copas do bebê. Airbnb também pode ser um grande aliado caso você escolha essa opção.

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Você também pode levar sua Baby Cook e fazer os alimentos no quarto, mesmo que não tenha cozinha ou copa. Ela é uma máquina pequena que cozinha os alimentos no vapor e vira uma processadora também.

Essa também é uma excelente opção para oferecer comida caseira. Mas também é trabalhosa e vai ocupar um bom tempo de sua agenda de viagem. Só acho legal essa opção se você está indo para um destino que não tem muitas atrações e que você de fato terá tempo ocioso no apartamento/hotel.

Ainda assim, eu prefiro a opção #5 aqui do texto, pra poder usar esse tempo ocioso para descansar 🙂

3. Comprar comida pronta no destino:

Comprar comida ou papinhas de bebê no destino pode ser uma boa opção também. Você reserva algumas horinhas no dia da chegada, vai ao supermercado e pronto. Em alguns lugares, como Estados Unidos por exemplo, você pode inclusive fazer uma compra online e pedir a entrega em seu hotel.

Usei essa alternativa quando fomos para Orlando. Deu certo até o terceiro dia de viagem, depois disso ele não aceitou nenhuma das papinhas que eu comprava lá. Nosso pequeno acabou passando mais da metade da viagem a base de frutas e leite.

Em resumo, comprar comida e/ou papinha de bebê no destino pode ser MUITO ARRISCADO. Mas compre frutas, água e biscoitos no destino sim, vale mais a pena do que levar na mala.

4. Hotéis com alimentação para bebês:

Essa opção é perfeita! Tivemos essa experiência no Ibertostar Bahia na Praia do Forte e foi muito fácil, prático e saudável. O resort é all inclusive e todas as manhãs as copas do bebê são abastecidas com frutas picadas e 4 tipos de refeições para bebês com texturas diferentes e opções vegetarianas.

Além de tudo isso, a copa do bebê também era abastecida com leite de vaca, achocolatado e diversos tipo de leite em pó. Contava com microondas, esterilizador de mamadeiras e cadeirão. Tudo perfeito.

O grande problema é que esses hotéis com essa infra toda são mais caros e não são encontrados em todos os destinos. Se você for a praia ou algum destino em que objetivo da viagem é curtir o hotel e descansar e fazer poucos passeios pela rua, acho válido o investimento.

Se o seu destino é uma cidade com muitas atrações e você ficará pouco tempo no hotel, não vale a pena. O custo será muito alto e você ainda vai ter que gerenciar a alimentação do bebê na rua durante as atividades.

Mesmo em hotéis com infra total, eu levaria um kit das comidinhas e frutinhas que falarei no número #5 por precaução.

Como é se hospedar no Iberostar Bahia na Praia do Forte

5 . DICA DE SUCESSO –> Levar papinhas e comidinhas em potes etiquetados, fechados a vácuo, comida orgânica e SEM conservantes aqui do Brasil:

Em Março de 2019, quando o Edu completou 15 meses, fizemos uma viagem para Águas de São Pedro e conheci a Da Vovó Papinhas Campinas.

MUDOU MINHA VIDA completamente. Meu grande aliado para a alimentação do Edu em viagens desde então. Também é meu grande aliado para alimentação do Edu em dias agitados em casa, quando não dá tempo de cozinhar apropriadamente.

E o que tem de especial no Da Vovó Papinhas Campinas?

São potes de comida de verdade, em pedacinhos (arro, feijão, carne, legumes, macarrão etc.), tudo orgânico, sem conservantes e embaladas a vácuo.

Ou seja, não precisa estar na geladeira e durante a viagem podem ser transportadas dentro da mala. Pra consumir basta tirar a tampa e aquecer no microondas <3 <3 É muito prático e saudável.

Nossa estratégia para viagens é a seguinte; compramos kits 12+ para todos os dias e levamos na mala (SIM, elas vão na mala de despachar sem precisar de gelo, não é maravilhoso?). Sempre compramos algumas papinhas de fruta também, por precaução e por que o Edu AMA a de Banana com Goiaba cujos ingredientes são: banana e goiaba APENAS.

Junto conosco levamos o aquecedor de mamadeiras dele, ele vai na mala de despachar normalmente. Já no destino, aquecemos a comidinha no aquecedor de mamadeiras quando não tem microondas no hotel. É só colocar o pote dentro do aquecedor com água e deixar por alguns minutos.

Para dias mais movimentados que vamos passear e o almoço ou jantar será na rua, a gente aquece BEM a comidinha antes de sair e colocamos no pote térmico e pronto. Usamos um pote pra levar as comidas e outro para levar as frutas do café da manhã. Quando precisamos levar duas refeições nos potes térmicos, levamos as papinhas de frutas Da Vovó.

Quando você compra as papinhas e comidinhas da Vovó Papinhas Campinas e informa que elas serão levadas em alguma viagem, a Mari (empreendedora da VoVó Campinas) embala individualmente cada papinha em plástico bolha pra você não ter trabalho nenhum. Recebendo a caixa, é só colocar na mala! DEMAIS né?

Ela também envia uma cartinha com o conteúdo das papinhas e meio de conservação EM INGLÊS para viagens internacionais! Quer mais moleza que isso? Pra mim é a perfeição!! E principalmente por que o Edu adorou os sabores, ele come tudo! Da mesma maneira que come a comida que faço pra ele em casa.

Leitor do blog TEM DESCONTO – Fale com a Da Vovó Papinhas Campinas pelo Instagram ou pode contacta-la diretamente por whats app (55 11 99952-9788), diga que é leitor aqui do blog e receba seu super desconto!

papinhas de bebê em aviões
Veja que lindo que vem, embaladinho e com a cartinha em inglês <3 Foto Lu
alimentação de criança em voos
Papinhas do Edu que vão na mala de mão de nossa viagem, ele AMA essa de Risotinho – foto Lu
Sopinha de feijão com macarrão – sucesso total com o Edu – foto Lu

Utensílios indispensáveis:

Independente de sua escolha de alimentação acima, você vai precisar desses itens com certeza:

  • Babador – de preferência de silicone
  • Carrinho de bebê- para oferecer a refeição ao bebê quando você não estiver em restaurantes com cadeirões
  • Aquecedor de mamadeira – para esquentar a Da Vovó Papinhas Campinas
  • 2 potes térmicos – uma para levar as frutas em passeios e outro pra comidinha
  • Lencinhos umedecidos de boca
  • Garrafinha e mamadeira do bebê – pra oferecer leite, água e sucos de maneira familiar
  • Pratinho e talheres do bebê – facilita MUITO ter esses itens pois o bebê já está acostumado e entende rapidamente que é hora da refeição

Regras das companhia aéreas – voos nacionais:

  • Mala de mão: pode levar qualquer alimento que seja para consumo do bebê durante o voo
  • Mala de despachar: não há restrições

Regras das companhias aéreas – voos internacionais:

  • Mala de mão: pode levar qualquer alimento que seja para consumo do bebê durante o voo
  • Mala de despachar: restrições do DESTINO serão aplicadas. Por exemplo, nos Estados Unidos não é permitido entrar com alimentos porém BABY FOOD está autorizada desde que devidamente embalada (de forma industrializada).

Resumindo:

Depois de ter passado por quase toda essa lista de opções, eu certamente fico com as comidinhas Da Vovó Papinhas. E sempre que possível, com hotéis e resorts que fornecem alimentação adequada em horários adequados quando cabem no orçamento e no objetivo da viagem.

E mesmo estando em algum hotel ou resort comprometido com o bebê, levo alguns potes de Papinhas Da Vovó Campinas por precaução e pras atividades fora do complexo. Não me arrisco!

Bom pessoal, acho que é isso. Essa foi nossa trajetória de erros e acertos em relação a alimentação de bebês em viagens. Espero contribuir pra que sua família faça uma viagem incrível!!! Qualquer dúvida é só deixar um comentário ali embaixo.

Todas as nossas viagens estão salvas nos destaques de nossa conta no Instagram e a parte de Baby fica nas pastinhas chamadas de Baby Travel. Acompanhem lá 🙂

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Comentários:
Anni disse:

Obrigada pela dica, e eu sou de Campinas então, vai melhorar minha vida!

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