Jericoacoara com crianças – um relato completo!

Conhecer Jericoacoara com crianças é algo que não fiz ainda e confesso que tinha um certo medo por ser um destino tão peculiar no Ceará. No entanto, uma amiga foi recentemente e me fez um relato que assoprou esse receio que tenho hoje lá pra longe.

E como estamos planejando uma viagem para Jeri com base no relato dela e em informações importantes que ela me passou, achei de extrema urgência compartilhar tudo aqui com vocês!

Lá vai…

Jericoacoara com crianças – relato da Bá

Pra entender Jeri é preciso ir.

As informações disponíveis sobre o local, não retratam a sua vivência. É bem verdade que uma redação jamais substituirá a realidade, mas posso dizer que dentre as muitas viagens que fiz, essa foi a mais distante entre uma coisa e outra.

A primeira etapa da viagem foi para Flecheiras, e isso é um tema à parte, por isso vamos fazer de conta que chegamos pelo Aeroporto de Jericoacoara e fomos direto pra curtição ok? Brincadeiras a parte, voar direto pra Jeri é uma dica essencial para a viagem ser leve! Não foi o caso rsrs. Por sorte, locamos uma pick-up (vale dizer: sem tração 4×4) e isso de cara já é um diferencial.

O aeroporto é próximo a cidade e faz diferença sim voar pra ele pois o acesso a cidade quando se vem de Fortaleza e outros lugares se dá de duas maneiras: via JIjoca ou via Preá – e que fique claro e definitivo: Via Preá é a melhor opção.

São 12 km de estrada, então você para, esvazia os pneus num posto e segue mais 12 km na areia. É perfeitamente possível fazê-lo sozinho, ainda que em carro de passeio, mas R$50,00 pagos a um guia que estará te esperando no acesso via Preá te garantem plena tranquilidade.


Chegando na entrada de Jeri, se você estiver com criança pequena, pode seguir em seu veículo até seu hotel. Depois retorna para deixar o carro no estacionamento da prefeitura – R$ 20,00/dia – e segue com veículo – uma pick-up adaptada com assentos na caçamba – gratuito até seu destino. Ou seja, você ficará SEM CARRO em Jeri.

Dica de ouro: esse veículo é circular e você pode usá-lo a todo momento, ou seja, a localização do seu hotel não é lá tão relevante quanto se pensa. Não é um paraíso de conforto, mas é uma alternativa a ser considerada.
Pagamos a taxa de permanência na cidade previamente via internet e em nenhum momento isso nos foi exigido.

O guia que nos acompanhou no acesso da cidade nos instruiu a pagarmos ao chegar, mas quando falamos que já tínhamos feito, ficou por isso mesmo. Eis que chegamos ao nosso hotel. Bem localizado, mas antes da localização o mais importante a ser considerado é seu mood: 

  • Aproveitar o hotel ao máximo
  • Ficar bem perto do fuzuê – próxima a praça principal há bares com música ao vivo, restaurantes, lojas
  • Ter um lugar pra dormir e fazer todos os passeios possíveis, ou seja, ficará fora a maior parte do tempo
  • Acordar e ver o mar
  • e por aí vai! pense antes em você e nos seus e no endereço de forma secundária

Agora falemos dos passeios. Antes de ir o que eu sabia: havia o passeio para o lado Leste e para o lado Oeste.
Chegando lá, quis entender como eram, fomos até uma agência e de fato eles vendem tais passeios, seja de forma compartilhada (R$60,00/R$70,00 por pessoa) ou privativo (R$400,00). O passeio privativo é feito em buggy e o coletivo numa pick-up adaptada com assentos. Pouco foi explicado sobre segurança, rotas, intempéries….

Optamos pelo passeio coletivo para o lado Oeste para entender o jogo. Eles buscam no hotel e, se você tiver sorte de estar entre os primeiros, irá dentro da cabine. São paisagens lindas, mas também é radical, desconfortável.

Passeio Oeste – paradas:

  1. Cavalo Marinho (R$20,00/pessoa) – passeio de canoa bobinho, válido para crianças e olhe lá – leva uns 10-15min
  2. Mangue Seco/Guriu – Parada para fotos naqueles balanços, troncos e afins que se vê no Instagram – haviam filas para cada metro quadrado instagramável – 20 min
  3. Dunas da Tatajuba – lindas, imensas, mas prepara-se para emoções fortes – eu definitivamente não estava esperando uma Hilux com 10 pessoas descesse uma duna em 90 graus 
  4. Toboágua e Tirolesa (R$20,00/pessoa) – quem gosta, deve fazer. O vento é intenso e a areia simula alfinetes sobre sua pele
  5. Lagoa da Tatajuba – sabe aquelas redes dentro da água? Estão lá, juntamente com mesas e cadeiras do restaurante local com cardápio limitado e caro. Uma parada obrigatória (lembra da autonomia?) de 2 horas.

Vivida essa experiência, que volto a dizer que você só entende quando faz e cria suas percepções, optamos por fazer o passeio Leste com veículo próprio. Um rápido estudo sobre os acessos, pontos de interesse e lá fomos nós com certo receio, mas de fato o gerenciamento do tempo e a eleição sobre o que fazer compensam. Muitos caminhos pela praia, hora pela areia firme, hora pela areia fofa, mas tudo certo. Para carros comuns não é viável.

Visitamos o famoso Alchymist Beach Club, que na verdade não tem Beach e sim uma lagoa e depois terminamos o dia na Praia de Preá com a grata surpresa de encontrar uma Pousada com Bar na areia, com direito a uma piscina dentro um barquinho de madeira. Um dia delicioso e com a nossa personalidade. A noite a luz da cidade acabou – diz-se que acontece sempre – e achamos um único restaurante com gerador que por sorte conseguimos mesa.


E assim foram os dois dias inteiros em Jeri. 

Lições aprendidas:

  • Se possível, aeroporto de Jeri
  • Se possível, veículo de grande porte
  • Se possível, passeios por conta própria
  • Se possível, mantenha suas malas semi arrumadas sempre – vai que acaba a luz
  • Se possível, fique num hotel com gerador
  • Faça sua parte pagando a taxa de visitação, na esperança que esse investimento retorne na preservação e estruturação da cidade. Aos meus olhos, não é uma prioridade local coletiva.

É isso! Beijão da Ba, amiga da Lu!

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